segunda-feira, 20 de março de 2017

Expectativa vs Realidade

Aviso à população: quando uma pessoa deixa de ser empregada por conta de outrem e passa a ter o seu negócio deixa de ter vida própria. Sim, é verdade, só para que não digam que o patrão é que tem boa vida, "quem me dera ser patrão", não, não queiram ser patrões, queiram antes que vos saia o Euromilhões, parece mais utópico, mas é um desejo bem mais inócuo, acreditem em mim.

Posto isto, quero ainda acrescentar que o facto dessa pessoa, além de patroa, ser mulher agrava ainda mais a situação, sim, porque independentemente das horas que trabalhem fora, há sempre uma infinidade de coisas para fazer em casa e que, por muita solicitude e boa vontade que o vosso companheiro tenha, nunca será ele quem as vai fazer. 

Ai, minhas queridas 35h...

Bem, as horas foram-se acumulando e o cansaço foi-se instalando, de maneira que fui forçada a abrandar o ritmo, porém e como o título deste post diz e bem, nem sempre a expectativa corresponde à realidade. Por exemplo, ainda hoje expectativa: sair mais cedo e vir para casa descansar; realidade: cheguei a casa mais cedo do que é costume de facto, mas são quase 20h e ainda não parei... Normal, normal... Vivement le wekend, já dizem os amigos franceses!

domingo, 19 de março de 2017

Feliz dia do PAI


Hoje é o teu dia! Que na realidade para mim é todos os dias, há 29 anos, 10 meses e 20 dias =)




Este ano não passei o dia especialmente dedicado aos pais com o meu. Aliás, é mais um ano em que não estamos juntos, não só neste como em praticamente todos outros 365 dias do ano. É assim a vida de emigrante! Mas nunca me senti triste por isso. Que horror, a estúpida, a insensível, a sem coração!!! Nada disso! Eu tenho coração, sim, e nele cabem algumas pessoas, entre elas os meus pais, que estando perto ou longe é como se estivessem sempre comigo, podemos não conviver pessoalmente todos os dias, mas falamos diariamente, agora menos, é certo, mas no mínimo trocamos umas palavrinhas carinhosas, histórias engraçadas ou desabafos ao longo do dia pela net. 

Falando particularmente no meu pai, é uma pessoa reservada, mas com muito sentido de humor, adora regras e boa educação, é um perfeccionista do piorio e nunca faz nada meio-gás, em tudo o que se mete dedica-se a 500%, é teimoso e tem muito bom coração. Com todos os seus defeitos, mas imensas virtudes, é para mim o maior, o melhor, o só meu PAI. 

Em algumas situações já foi um herói... Um amigo sempre! E, sendo professor, ensinou-me a mim e a muitos (alguns dos quais ainda hoje se recordam com carinho da atenção dada, dos conhecimentos partilhados e da pessoa empenhada que sempre foi).

Para terminar só podia agradecer ao meu pai toda a paciência, todo o carinho e todo o amor que me deu e me dá a 500%, 365 dias por ano!

domingo, 12 de março de 2017

E que pena...

Não podia deixar de partilhar este texto, que li de madrugada graças às minhas queridas insónias.

Diz Miguel Esteves Cardoso que "a mulher portuguesa tem um bocado pena dos homens" e diz ele muito bem! 

Já dei por mim a ter pensamentos mais ou menos filosóficos sobre a relação homem/mulher seja em casal ou não, mas nunca tinha chegado a tão brilhante conclusão. A verdade é que sempre tive a impressão de que um homem é um ser que precisa de ser cuidado, protegido, levado ao colo e não por ser o rei, um ser superior, nada disso, é só mesmo porque sozinho não se safa, não dá conta do recado e já nem é por má vontade, é mesmo por falta de capacidade. Auch! Dito assim até dói, não a mim, não, mas a qualquer alminha masculina que possa eventualmente ler isto. 

Ora, posto isto, porque havemos nós de nos aborrecer ou irritar? Seria o mesmo que esperar que um caracol chegasse dos 0 aos 100km em 2,5s. Impossível portanto! Assim sendo, só nos resta aceitar que, como seres superiores que somos, conseguimos realizar 500 mil tarefas num abrir e fechar de olhos, sem ficarmos quase moribundas no fim das mesmas e sem precisarmos de bradar aos céus tais actos heróicos. Uma dessas tarefas é manter a paciência e a compaixão pelos nossos pais, amigos, irmãos, companheiros, homens das nossas vidas porque tal como diz Miguel Esteves Cardoso até lhes achamos uma certa graça. Entre a graça que lhes achamos, a pena que sentimos e a nossa graciosa e imensa condescendência lá conseguimos conviver com eles e amá-los a maior parte dos dias das nossas vidas porque, no fundo fundo, podermos viver sem eles até podíamos, mas não seria a mesma coisa ;)

quinta-feira, 9 de março de 2017

1º ano

Eh ben, dis donc... 1 an est passé!

Pois é, fez por estes dias um ano que deixei Troyes e a minha adorada casinha de bonecas. Deixei o trabalho que lá tinha, os colegas, os amigos, a minha cidade adoptiva. Bem, os amigos não deixei por completo, mantive-os, e pude visitá-los, infelizmente não tão assiduamente quanto gostaria, mas sempre que foi possível passámos bons momentos juntos. A última visita foi especialmente emotiva! Com o propósito de fazer uma surpresa ao meu ex braço direito (e esquerdo também, que aquela mulher quando quer leva tudo à frente, é uma autêntica fortaleza), aproveitei também para visitar alguns lugares que me dizem tanto. Foi o momento de ver caras conhecidas em lojas, cafés e restaurantes que frequentava, perceber que não se tinham esquecido de mim e sentir assim que Troyes ficou em mim, mas também um pouquinho de mim ficou lá.

Fez então um ano que vim instalar-me na região parisiense, sim, essa região onde eu sempre recusei passar mais do que alguns dias em visitas turísticas. Nunca me dei bem com tanta agitação, no limite preferia viver no campo profundo a viver numa cidade tão agitada como Paris. Felizmente não vivo nem trabalho no centro da cidade, por estas bandas o dia-a-dia é mais razoável. 

Por esta altura, seria boa ideia fazer o balanço, o balanço de um ano agitado, intenso, conturbado, porém, como se pode adivinhar pelos adjectivos, neste preciso momento as emoções continuam todas muito à flor da pele para que possa fazer um balanço imparcial, e realista, do que foram estes 12 meses.

Bem, aguardemos então por um momento mais propício =) Entretanto, há boas notícias! O apartamento começa finalmente a parecer-se com casa de gente e não com um ninho de animais, yeiiii! Infelizmente não acabei as limpezas a tempo de tirar fotos com a luz do dia, loooooogo, há que aguardar pelo fim-de-semana. À bientôt ;)

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Entre linhas

Adoro livros, adoro mesmo, sejam a versão original, pocket, estejam eles em português, francês ou inglês, mas livros a sério, impressos, não e-books ou versões informáticas até porque o que me desperta a paixão inicial são as suas capas, com uma bela ilustração que aumenta ainda mais a expectativa lançada pelo resumo da contra-capa. 

Apesar de os adorar e ter imensos, não sou uma leitora assídua, longe disso, é preciso estar a gostar mesmo de um livro para o ler até ao fim e isso aconteceu recentemente com o livro "A rapariga no comboio" de Paula Hawkins, uma jornalista britânica, nascida no Zimbabwe, que vive actualmente em Londres, tendo-se dedicado à escrita. "A rapariga no comboio" é um thriller que conta a história de Rachel, uma rapariga que, como tanta gente, faz diariamente a viagem monótona de comboio entre os subúrbios de Londres e o centro da cidade e que, durante essas mesmas viagens acaba por se focar na observação das casas pelas quais o comboio passa, e das pessoas que nelas habitam, começando a sentir como se conhecesse ou até pertencesse à sua realidade. O problema surge quando Rachel assiste a algo errado e a partir daí envolve-se directamente na história daqueles que antes observava e num desenrolar de acontecimentos arrepiantes, de crime e suspense.




Posso dizer que este foi dos poucos livros que me fez ter uma leitura compulsiva, graças à curiosidade que me despertava a cada página, o querer saber o que tinha realmente acontecido, o que será que se ia descobrir no desenrolar da história. À medida que avançava na leitura os sentimentos misturavam-se, entre a vontade de querer ler mais e mais para descobrir tudo o que se tinha passado e a relutância em acabar um livro que tanto estava a gostar de ler. Nada que não se resolva, já que comprei logo outro thriller, para ficar dentro do mesmo género: "D'après une histoire vraie" (título original) de Delphine de Vigan. Ainda não li porque entretanto uma amiga aconselhou-me vivamente e emprestou-me algo diferente: "Tenho o teu número" de Sophie Kinsella que promete fazer-me rir do início a fim, o que é algo que estou a precisar de maneira que vou tentar.

Quanto ao "A rapariga no comboio" aconselho, adorei, estou morta por ver o filme, o que me recusei a fazer antes de acabar o livro, mas com algum receio de ficar desiludida como geralmente acontece quando se lê o livro tudo é mais intenso.


Aceitam-se conselhos de mais livros interessantes! Ler precisa-se =)


domingo, 5 de fevereiro de 2017

Meia chalada

Sempre ouvi os meus pais dizerem que quem bebe chá fica chalado! Não sei se o termo é reconhecido por todos, mas para nós significa ficar maluquinho. 

Pelo que dizem os 29 anos deixaram-me muito engraçada, espero que (ainda) não maluca, mas a julgar pela quantidade de chá que ando a beber ultimamente não tardará muito.

Desde que caí no erro de experimentar o Kusmitea que não quero outro. Vendo o preço de cada latinha parece ouro em forma de chá, mas depois de provar o seu sabor intenso e o cheirinho que se espalha por toda a casa percebemos que vale cada cêntimo!




Antes do Natal comprei o coffret "les après-midis", do qual fazem parte os seguintes chás:
  • chocolate e especiarias
  • quatro frutos vermelhos
  • chá verde com amêndoa
  • príncipe Vladimir (mistura de Earl Grey, citrinos, baunilha e especiarias)
  • chá verde St Peterbourg (base de chá verde com mistura de bergamota, caramelo, frutos vermelhos e baunilha
Entretanto, no fim-de-semana passado comprei mais 3:
  • chá verde com menta
  • chá verde com morango
  • sweet love (chá preto da China, raízes de alcaçuz, especiarias, sementes de guaraná e pimenta vermelha)
Como podem ver escolha não falta, mas esta é só uma pequena amostra da imensa panóplia de chás que esta marca tem. Por vezes sinto-me como uma criança que colecciona cromos até completar a caderneta e eu ainda estou no início! 

Claramente as especiarias imperam nos meus gostos, os frutos vermelhos têm sido mais escolha da cara metade, mas a verdade é que eu também os adoro! O chá de menta é um amor antigo, mas que nesta versão veio reacender a chama da paixão, o sabor é super intenso e fresco, mais fresco do que pastilha elástica, pasta dos dentes ou Mentos.

O chá é óptimo, muito bom mesmo, mas com ele vêm momentos de relax, a leitura de um bom livro, resumindo momentos de puro prazer. Obrigada Kusmitea que não só me fazes explodir as papilas de felicidade como me fazes abstrair-me de toda a azafama diária só para te degustar!


quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Bem-vindos

Sejam bem-vindos, novos amiguinhos coloridos!

Não, isto não é o que parece!!! Os meus novos amigos tratam-se nada mais nada menos do que... MAQUILHAGEM. Apresento-vos as últimas aquisições:




Paleta de iluminadores Illuminated Trio da Urban Decay que eu (ainda) não conhecia e que é linda todos os dias, apetece tê-la nem que seja só para olhar para ela ou para decorar a comoda. Por incrível que pareça o iluminador é a parte da maquilhagem que eu negligencio completamente, nunca usei e nem sei muito bem como usar, mas com estes lindinhos eu vou aprender, ah vou!






Resultado de ter perdido a cabeça na NYX, como se já não bastasse a paleta. Em minha defesa devo dizer que: 1 - tinha 20% de desconto na Sephora; 2 - a culpa foi toda do namorado que me desafiou a ir ao shopping a um domingo à tarde e ainda me ofereceu a paleta maravilha


Para informação, ainda não usei nada disto porque ainda não tive tempo para abrir tudo calmamente, cheirar, testar, avaliar. Sim, o cheirar é estranho, eu sei, mas eu cheiro quase tudo o que me aparece à frente, dá-me a sensação de me fornecer informação suplementar em relação ao produto, não sei, suponho que na outra vida tenha sido um cão e fiquei com o tique de farejar. Nesta vida encarnei num ser humano, claro, para me poder maquilhar ;)